A crise do Facebook por conta do vazamento de dados pode levar a rede a pagar multas milionárias.

Especialistas indicam reflexos da crise do Facebook e dos escândalos da Cambridge Analytica em temas como publicidade com dados e marketing eleitoral.

Ex-chefes da Comissão Federal de Comércio dos EUA afirmam que o Facebook violou um acordo de consentimento de 2011.

Sobretudo, esse acordo visava proteger as informações pessoais dos usuários e em razão disso, pode receber multas de centenas de milhões de dólares.

A crise de confiança pública atravessada pelo Facebook “vai destruir a empresa”.

A afirmação acima foi feita pelo antigo mentor do empresário Mark Zuckerberg, Roger McNamee, à rede de TV norte-americana CNN.

Ainda assim, a agência também pode multar o Facebook em até US$ 40.000 por violação por dia.

O que pode resultar em um valor significativo devido a envolvimento de milhões de usuários.

Isso, se comprovar que a gigante das redes sociais quebrou promessas anteriores de proteger os dados dos usuários, afirmam.

Como se deu tal crise?

A profunda dedicação do mercado de comunicação ao fenômeno das fake news é um sinal de alerta para todas as marcas que usam as plataformas digitais.

Portanto, esse alerta fica por conta do tempo e qualidade nas questões fundamentais de construção e proteção de marca.

O que vemos com frequência é que as marcas estão tendo maior dificuldade em acompanhar as transformações sociais.

Parece que, informações de mais de 50 milhões usuários da rede social foram vazadas sem o consentimento deles.

Provavelmente pela empresa americana Cambridge Analytica para fazer propaganda política.

Como fica a imagem da rede social?

Após a divulgação do escândalo em meados deste mês, o Facebook vive uma crise de imagem.

Consequentemente, essa crise é parcialmente responsável pela perda de US$58 bilhões em valor de mercado.

Como resultado, essa perda aconteceu em apenas uma semana.

Foram dois dias seguidos de queda para as ações do Facebook na Bolsa de Valores dos EUA:

• -6,8% na segunda (19);
• -2,56% na terça-feira (20/03).

Isso corresponde a uma queda da fortuna de Mark Zuckerberg e US$ 75,3 bilhões para US$ 67,7 bilhões ao final desta terça-feira.

Por isso, Zuckerberg anunciou medidas para atenuar a queda no valor da empresa.

Uma delas é a criação de uma página que centraliza as configurações de controle de segurança tanto quanto privacidade do usuário.

Finalmente, as opções de personalização do tratamento de dados estão divididas em dezenas de abas diferentes.

Como resultado, o Facebook está tendo trabalho para responder ao escândalo, que gerou protestos de parlamentares, investidores e defensores da privacidade.

A crise surge poucos meses após as revelações de que a Rússia explorou a plataforma do Facebook para influenciar a eleição presidencial dos EUA.

COMO A CRISE DO FACEBOOK AFETA O BRASIL?

O ocorrido afetou cerca de 443 mil usuários no Brasil, segundo dados do próprio Facebook.

Por isso, a empresa terá que dar mais detalhes ao governo brasileiro sobre o uso ilegal de dados.

O Facebook foi acionado por meio de uma notificação do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor.

O órgão, que faz parte da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça, deu dez dias para a empresa responder a algumas perguntas.

A notificação do governo busca esclarecer o número exato de pessoas no país que ficaram expostas, e a finalidade da captura dos dados.

A empresa informa se os dados foram compartilhados sem o consentimento dos usuários.

Por isso, muitos usuários já se preocupam se foram vítimas da invasão de dados.

Além disso, para saber se seu perfil faz parte, visite este link. Trata-se de uma ferramenta do Facebook. Ela mostra se você foi afetado.

Caso tenha sido afetado, a página dirá que você ou um amigo fez o teste “This Is Your Digital Life”.

Portanto, isso significa que o aplicativo teve acesso ao seu perfil público, curtidas de páginas, data de nascimento e cidade atual.

Do contrário, a página dirá: “Com base em nossos registros disponíveis, nem você, nem seus amigos entraram no aplicativo ‘This Is Your Digital Life’.

Além disso, você já deve ter visto um aviso “Protegendo suas informações” no topo do feed de notícias.

Apesar disso, a rede social continua com os trabalhos normalmente e até o momento não houve nenhum parecer público oficial.

As ações de marcas na rede também não sofreram nenhuma alteração significativa.

E aí, será mesmo esse o declínio do Facebook?

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